A Sociedade Internacional de Incontinência define a incontinência urinária como uma situação em que ocorre perda involuntária de urina. É um problema multidisciplinar, uma vez que, além de ser clínico, envolve também as esferas económica e social. Prejudica a saúde dos doentes, retira-lhes qualidade de vida e pode levar a situações de isolamento.
De acordo com dados recentes, a incontinência urinária afeta duas vezes mais o sexo feminino do que o masculino. Estudos apontam para que 50% das mulheres experienciem, ao longo da vida, alguma forma de perda involuntária de urina. Outras estatísticas indicam que a condição afeta entre 20% a 30% de mulheres novas, 30% a 40% de mulheres de meia idade e em cerca de 50% das mulheres em idade mais avançada. Estima-se que, até 2030, os números cresçam em 35%.
Além da idade, há outros fatores de risco associados ao seu aparecimento, como a gravidez, o pós-parto, a menopausa, a obesidade e o sedentarismo.
Pela sua abrangência e impacto na saúde física e mental, a incontinência urinária não deve ser ignorada. Para que se combata o estigma social — o maior entrave na busca por soluções — é fundamental compreender o problema.